Os socialistas da Espanha ficaram com um assento a menos depois da contagem de votos no exterior da eleição da última semana, o que torna mais difícil a formação de uma coalizão de esquerda porque eles precisariam do apoio do grupo linha dura de separatistas catalães, em vez de apenas a sua abstenção, disseram analistas à agência de notícias Reuters neste sábado (29), em Barcelona. 

Na eleição acirrada de domingo, os blocos nem de esquerda, nem de direita venceram assentos suficientes para formar uma maioria, e os partidos separatistas catalães Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) e Junts ganharam poder de decisão, ambos controlando sete assentos cada. 

Acredita-se ser provável que o Esquerra apoie o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez, mas com a nova contagem de assentos – confirmada pela comissão eleitoral -, parece que o Junts, o mais linha-dura dos partidos catalães, também teria que ativamente apoiá-lo para que ele consiga formar um governo.

Votos do exterior

A contagem de votos de 233 mil espanhóis vivendo no exterior deu um assento em Madrid ao Partido Popular (PP) que havia sido concedido aos socialistas em uma contagem inicial, disseram autoridades eleitorais.

Para formar um governo, uma maioria absoluta de 176 votos é necessária em uma votação parlamentar no Congresso com 350 assentos. Se nenhum bloco conseguir assegurar esse total, há uma segunda votação no parlamento, e o lado com mais votos vence por maioria simples.

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Fonte: Agência Brasil
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